Tudo que você precisa saber sobre ENGENHARIA CIVIL
Gosta da área de exatas e fica fascinado com os prédios em construção na sua cidade? Talvez esse ramo seja para você
Certamente você já viu um deles andando pelo canteiro de obras com papel na mão e capacete na cabeça. A imagem é autoexplicativa. Não precisa de muito mais para concluir que se trata de um engenheiro civil. Mas, para além desse estereótipo, você sabe dizer quais são suas competências e habilidades no mercado de trabalho? Consegue se identificar com eles e, quem sabe, cogitar a profissão para seu futuro?
A galera terceiranista que curte exatas costuma sentir interesse pela engenharia civil. Esse ramo desponta como um dos mais requisitados em virtude de sua rentabilidade e sua elevada taxa de ocupação. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada confirma essa informação.
Você deve ter reparado bem que as cidades não param de construir prédios e casas. Para dar conta desse crescimento na infraestrutura urbana, precisamos de engenheiros civis e você pode ser um deles!
Convidamos Igor Pachioni, engenheiro civil e mestre pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) para falar sobre a profissão que escolheu seguir e esclarecer tudo que acontece na área de atuação de um profissional como ele.
Educação Adventista Sul: Como estão as demandas do mercado para seu ramo?
Igor Pachioni: O mercado da engenharia civil está bem aquecido hoje em dia. Tivemos uma certa recessão no começo da pandemia. As obras pararam e o mercado ficou com muito material em falta. Isso aumentou muito o preço dos insumos que usamos. Brita, areia, concreto. A gente achou que isso ia dar uma freada no mercado, mas não. As construtoras e o pessoal que está construindo absorveram bem esse aumento. Hoje nós temos preços bem inflacionados em relação à época antes da pandemia, mas o mercado continua bem aquecido. Falo isso, porque trabalho com projetos residenciais para residências de alto padrão. Esse mercado está bem aquecido!
EAS: Quais são as principais atividades que vocês podem desenvolver como engenheiros civis?
IP: É um campo muito grande! São muitas áreas de atuação: engenharia urbana, passando pela área de projetos residenciais; área de saneamento, área estrutural, área de instalações. Você consegue atuar também em redes elétricas de baixa tensão. Consegue atuar em multinacionais a nível de gestão, área de terraplanagem, topografia, infraestrutura urbana. Resumindo: área de geologia, que é o estudo do solo; área de hidrologia, que é o estudo hidráulico; área de estrutura, com cálculos estruturais; área da construção civil; com planejamento e acompanhamento de obra.
EAS: Em sua opinião, quais são os principais desafios da profissão?
IP: Acho que um desafio é a capacidade técnica que o engenheiro precisa ter. Temos muitos recém formados que saem da faculdade e nem todos têm capacidade técnica para atuar. Junto disso, é muito difícil o engenheiro ter inserção. As empresas pagam cada vez menos. temos mercado saturado com gente de baixo nível técnico.
EAS: E o que você mais ama em sua área?
IP: O engenheiro tem um perfil de ser um solucionador de problemas. Independe de qual área de conhecimento ou do campo que ele atua na engenharia, tem que estar sempre disposto a resolver problemas. E eu gosto disso: de desafio. Engenheiro civil vai sempre vai ter um desafio diário para resolver e ele vai fazer isso com a técnica que ele aprendeu na faculdade, de forma rápida com o menor custo possível.
EA: Qual conselho daria para quem pretende seguir carreira na engenharia civil?
IP: O profissional de engenharia civil tem que ter esse perfil mais analítico, mais técnico. Tem que se dar bem com a área de exatas, mas não necessariamente precisa ser um crânio em matemática. Tem que gostar de desafios, porque diariamente é isso que ele vai trabalhar na engenharia. É interessante não só focar na engenharia durante a graduação. Pense em cursos de gestão de pessoas e de negócios. O engenheiro tem que buscar esse equilíbrio aí.
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