Mercado de trabalho: Rádio e Televisão
Que tal analisar se esta é a carreira para você e se seus sonhos do futuro podem estar em trabalhos nesta área?
Já sonhou em produzir um programa de TV? Ou gravar e editar conteúdos interessantes para as redes sociais? Quem sabe, criar seu próprio podcast de sucesso? Se você imagina que poderia trabalhar nos bastidores da produção audiovisual no futuro, saiba que o curso de Radio e Televisão é uma excelente porta de entrada para este universo.
A escolha da profissão que nos acompanhará ao longo da vida não é nada fácil. Mas com pesquisa, conversas com profissionais, atenção vocacional, você pode fazer uma escolha acertada e feliz. A fim esclarecer um pouco sobre este mundo da produção audiovisual, convidamos para uma conversa a Radialista Liane Castro, Produtora de Social Média da sede administrativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a região sul do país.
Educação Adventista Sul: O que é o curso de Radio e TV e Como deve ser o perfil da pessoa com interesse nesta área?
Liane Castro: O curso de Radio e Televisão é o local onde você pode poderá acessar aos conhecimentos básicos necessários para entender a produção audiovisual. Neste caso, produções tanto para Rádio, quanto Televisão. Também uma iniciação no campo do Cinema. No curso, aprendemos a lidar com os equipamentos técnicos, a produzir conteúdos e roteiros, a materializar estes roteiros em formas para consumo, a agir na frente das câmeras e orientar pessoas que serão gravadas atuando por trás das câmeras, etc. O curso constrói este olhar para o “todo” de uma produção audiovisual, contemplando todos os seus processos: pré-produção, produção e pós-produção.
A pessoa que deseja fazer o curso precisa ser desprendida, ter a mente, o olhar aberto. No meu caso, por exemplo, eu era muito tímida. Não conseguia falar em público, ou fazer outras coisas que demandavam estar em grupos grandes de pessoas. Quando entrei no curso, imaginava estar sempre atrás das câmeras, o mais excluída possível. Gostava de comunicação, me interessava por filmes, séries, por programas de televisão e tinha a intenção de descobrir como tudo isso funcionava e era feito. Por outro lado, entrei na faculdade, também, disposta a me desafiar, a crescer. Então, durante o curso, aprimorei outros lados meus, como falar em público, trabalhar na frente das câmeras. Um lado que nunca havia imaginado desenvolver. E o curso tornou isso possível. Uma das coisas mais interessantes desta formação é a possibilidade de ampliar horizontes e o aluno que escolhe Radio e Televisão precisa estar disposto a crescer em campos que nunca imaginou. Precisa estar completamente aberto a viver toda a experiencia que o audiovisual tem a oferecer.
EAS: Quais são as oportunidades de trabalho para um radialista? Que tipos de atividades é possível desenvolver neste campo?
LC: Dentro desta área existem muitas possibilidades de atuação. Você pode ser editor, produtor, roteirista, cinegrafista, operador de áudio. Em alguns casos, pode migrar para o campo da animação. Trabalhar com direção de atores, direção de arte, produção e direção de cenários. No universo do Rádio, trabalhar com locução, programação, controle de áudio, transmissão, além de trabalhar com aspectos de gravação e edição. Nesta profissão é possível, também, trabalhar com fotografia. É um campo de muitas possibilidades. O curso permite que você se expanda de forma inacreditável. Tenho amigos roteiristas, editores, operadores de áudio, diretor de atores. Eu mesma, sou Produtora de Social Media. Dentro desta formação é possível ter acesso a um mix gigantesco, há abertura para variados campos de atuação.
EAS: Quais os principais desafios da profissão?
LC: Acho que são muitos. Quando trabalhamos com audiovisual, estamos falando para um grupo enorme de gente. Claro, cada produção tem sua segmentação. Mas de um jeito ou outro é preciso estar aberto para entender variados públicos para que cada projeto atenda a necessidade do público para o qual está direcionado. Este é um dos primeiros e principais desafios. Conseguir falar com públicos específicos. Outro grande desafio é estar sempre atualizado. Esta é uma área em constante evolução. As tecnologias mudam muito. É preciso sempre estar atendo ao que muda, aprendendo, se especializando, pesquisando, buscando descobrir as novidades. Ficar de olho em especificações, por exemplo, para os diferentes tipos de streaming; especificações para redes sociais, ferramentas novas que são lançadas diariamente, novas plataformas de interação social. É claro, embora seja uma dificuldade, este também é um aspecto interessantíssimo da profissão. É difícil, mas vale a pena. Estar sempre informado, sempre atualizado, para nunca ficar ultrapassado. O profissional de comunicação está sempre aprendendo, afinal precisa se renovar e inovar.
EAS: Que conselho você daria para quem tem interesse nessa área?
LC: Tenha referências. Um comunicador vive de referências. Sejam filmes, séries, coisas já produzidas anteriormente, ou da vivência cotidiana. Conversas com pessoas, vivências, observação de pessoas e espaços. Estar sempre atendo ao que nos cerca. Ao observar, ao procurar, ao ser curioso, é possível criar coisas diferentes. Pegamos o mesmo e o transformamos em algo maravilhoso. Tudo é curiosidade, tudo é referência. Para quem se interessa por Radio e Televisão, meu conselho é: veja, observe, escute. Esteja nos espaços, converse com as pessoas, ouça e assista o que a cultura oferece. Isso produzirá uma bagagem imensa para o seu trabalho. Você terá maior fluidez de pensamento, de ideias. A criatividade só acontece quando nos colocamos em espaços diferentes, com pessoas diferentes. Isto muda você e o seu conteúdo será diferente, interessante.
EAS: Quais são as melhores escolas do Brasil que oferecem este curso?
LC: Acho que mais importante que avaliar rankings universitários, é o estudante ou interessado pesquisar bastante. Pesquise de acordo com os critérios que moldam suas possibilidades e interesses. Por exemplo, o orçamento ou a área de foco do curso da faculdade em questão. Algumas escolas dão maior atenção à formação em Radio, outras à formação em TV, outras para formação em internet. É preciso procurar, dentro do que você já gosta, aquela que se foca na linha que você realmente se interessa. Olhe se o curso se adequa a sua afinidade, ao seu orçamento, se ele tem laboratórios que o ajudarão a se desenvolver, etc.
EAS: O que você mais ama em sua área?
LC: Como sou, principalmente, uma produtora de conteúdo e audiovisual para internet, a ideia de materializar algo que estava apenas na imaginação em um produto que todos possam ver é fascinante, gratificante. Não há nada mais interessante que transformar pensamentos em coisas visíveis, coisas que podemos assistir, ouvir, consumir. Esta profissão me proporciona isto. Torno minha imaginação palpável. Isto é o que mais amo. Conseguir comunicar de diferentes formas. Seja por um cenário, um texto, um post, um roteiro para vídeo. Conseguir falar “para” e “com” as pessoas é incrível. Independentemente de quem sejam, eu me comunico com elas, eu transmito coisas que antes só estavam em minha cabeça.
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