Ensinando a gastar dinheiro
A importância de orientação sobre economia doméstica na formação de jovens autônomos, conscientes e responsáveis
Você sabe o que é economia doméstica? Este conhecimento se relaciona ao entendimento de como organizar e gerir dinheiro dentro das rotinas das famílias. Crianças e adolescentes deveriam aprender mais sobre isto? Com certeza! Este aprendizado é tão valioso quanto conteúdos de formação moral, intelectual ou cultural. A partir de uma educação financeira, as jovens mentes poderão estabelecer saudáveis interações com o dinheiro, consumo, escolhas, valores e responsabilidades.
As vezes os pais imaginam que falar sobre dinheiro perto das crianças é algo complexo e que não trará frutos reais para dia a dia. No entanto, entender o que acontece com as despesas como comida, aluguel, energia, mensalidades de escola, passeios e outros produtos de lazer se encaixam nos ganhos familiares é essencial. As famílias, por outro lado, não precisam ser “super” especialistas em finanças para tratar do tema em casa. Algumas práticas muito simples já servirão para incentivar responsabilidade e consciência dos filhos para com o assunto.
Questões de economia, se tratadas nos ambientes comuns da vida, podem evitar a formação de adultos indisciplinados com as próprias finanças. O objetivo da família deve ser orientar a criança em formas que lhe permitirão ser independentes no futuro. O tema é tão importante que, embora não seja obrigatório em escolas, já é incorporado em componentes curriculares de muitas instituições.
Como começar este processo com as crianças? Primeiramente, aos poucos! Algumas dicas importantes.
1. Fale a respeito do seu trabalho
É natural que os filhos expressem curiosidade a respeito da rotina de trabalhos dos pais. Falar sobre o tema é uma boa maneira de conectar-se com seu filho e ensinar mais sobre finanças. Fale sobre salário, sobre horas de trabalho, custos de produção e da vida, bem como da necessidade de adquirir conhecimentos e habilidades para potencializar a força de trabalho e os ganhos
2. Crie uma mesada e ensine sobre poupança
Semanalmente, ou por quinzena, separe uma quantia (de acordo com as finanças da família) para que seu filho possa utilizar nas próprias despesas e desejos. Uma boa ideia é presenteá-lo também com um cofrinho. Dê dicas de como guardar o dinheiro ou sobre como ele pode investir nas próprias necessidades. E sempre deixe claro que é preciso gastar menos do que se ganha.
3.Crie metas de compras
Se seu filho deseja muito algum brinquedo, passeio ou qualquer outro objeto, que tal desafiá-lo a comprar com o próprio dinheiro? Crie, junto com a criança, um plano de reserva. Com o dinheiro que ele ganha na mesada, ensine qual é a forma mais rápida e inteligente de guardar o suficiente para ter seus desejos atendidos. Isto o ajudará a entender as relações que existem entre custos e benefícios, bem como o esforço necessário para que tenhamos aquilo que desejamos na vida.
4. Utilize jogos sobre finanças
Trate o tema com leveza. Um exemplo interessante para agir desta forma é optar pelo uso de jogos que trabalham questões financeiras. Games como “banco imobiliário” são excelentes formas de ensinar brincando. Além disto, criará um espaço de convivência e interação ainda maior com seu filho.
5. Doar é importante
Incentive a doação de parte dos recursos da criança a causas que envolvem solidariedade e empatia. Estas são virtudes essenciais para todo ser humano. Dar ofertas para as causas da igreja, ou doar para ONGs que trabalham com os mais necessitados, empregar parte do dinheiro em projetos para a comunidade, todas estas são atividades que irão ensiná-lo sobre a importância da coletividade e do amor ao próximo. Também o ajudarão a colocar em perspectiva as questões sobre consumo e acumulação.
Aprender noções financeiras básicas desde cedo contribui para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais valiosas, pois no fim das contas dinheiro é um tema que permeia toda a vida. Além das senso de responsabilidade e do entendimento a respeito da relação entre trabalho-ganho, a criança aprenderá a ser autônoma e ativa em suas decisões. Percepções que, na rotina da vida, não tem preço!
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