Dica para os últimos dias de terceirão
Você pode pensar que não, mas essa é uma das mais lindas fases da vida.
Talvez essa seja uma das mais duras e tensas fases da vida, pois é uma junção de muitos sentimentos e inúmeras mudanças. Me lembro muito claramente de quando estava no último ano do ensino médio: uma grande aflição tomava conta do meu ser, pois se aproximava o momento de me despedir dos amigos que me acompanhavam por anos; precisava de uma definição sobre os rumos que minha vida acadêmica tomaria; além das importantes escolhas que precisaria fazer, àquela altura, que teriam implicações para o resto da vida. Tudo isso criava um misto de sensações que ia do friozinho na barriga, à tristeza da separação, passando também pela precipitada euforia de saber que não teria mais que estudar matemática, química e física na vida… enfim, muita coisa envolvida.
O último ano do meu ensino médio foi em 2009. Além das naturais agonias da fase, o novo formato do Exame Nacional do Ensino Médio(Enem) veio também para tirar o sono dos formandos. Tudo seria diferente. Sim, fomos os cobaias do estilo atual com 180 questões, divididas em dois dias de exames, abordando quatro grandes áreas do conhecimento.
As definições foram anunciadas aos poucos, as dúvidas eram muitas e as informações imprecisas. Nesse ínterim, mesmo tendo preferência pelo jornalismo, arquitetura e urbanismo, e, num grau menor, teologia também dividiam as minhas inclinações de carreira.
O tempo passou e tudo que vivia tinha um ar de despedida: última viagem do coral, últimas festas escolares, últimos aulões de revisão, últimos momentos com meus amigos. Tal sensação aumentava minha ansiedade e impedia de viver plenamente a fase ímpar da vida. Com os dias, fiz o novo Enem; formei; fui pra casa dos meus pais aguardar as definições que seguiriam.
Lembro até hoje do momento que entrei na porta de casa. Foi como se toda a carga de ansiedades acumuladas daquele ano culminassem ali. Um choro intenso e involuntário exalou de mim, soluços desesperados anunciavam que encerrava uma linda etapa da vida. O “TERCEIRÃO” passava então a ser apenas uma memória de recordações saudosas, e também um lamento culposo por ter reservado tanto tempo a preocupações exageradas, deixando muitas vezes lado as mais lindas vivências que essa fase representa na nossa construção humana.
Conto tudo isso, pois quero incentivá-lo a se manter tranquilo. É óbvio que esta é uma fase de muitas decisões, complexa, difícil, mas, olha… te garanto que, fazendo a sua parte, tudo vai se ajustar no momento certo. O que não pode acontecer em hipótese alguma, é você deixar de aproveitar os momentos finais dessa linda jornada. Curta seus amigos, abrace seus professores, aproveite a sua escola. Brevemente tudo será diferente, tempos “adultos” virão, por isso, viva com muita alegria os seus últimos momentos no colégio.
Mesmo com as aflições roubando momentos do meu terceirão, as coisas naturalmente foram se ajustando e, graças a Deus, deram certo. E, olha… nem adiantou concentrar esforços na ideia de que, saindo do ensino médio, finalmente me libertaria dos números. Mesmo em humanas (cursei jornalismo), no terceiro ano da faculdade me deparei com a disciplina de “jornalismo econômico”, onde ironicamente encontraria a maior prova de matemática da minha vida. Por isso, planeje o futuro com serenidade e consciência, mas não se esqueça também que a vida acontece hoje. Que esse finalzinho de jornada seja inesquecível na sua história. Desejo a você todo sucesso do mundo! 🙂
Esse é um conselho e uma homanagem ao todos os formandos do TERCEIRÃO ADVENTISTA!
James Ferreira
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