Amizade e saúde
Ter amigos protege a saúde física e pode ajudar a aumentar a expectativa de vida
Muitas pessoas investem dinheiro em livros de auto-ajuda, consultas médicas, dezenas de medicamentos, terapias alternativas, com a intenção de desfrutar de uma melhor qualidade de vida. Você sabia que existe uma arma muito poderosa e gratuita que pode ajudar a combater, por exemplo, a depressão e diminuir o envelhecimento precoce? Amizade. Duvida? Acredite, ter amigos é um “santo remédio”. Estudos desenvolvidos pela universidade de Medicina de Harvard revelam que amigos aumentam a saúde física e podem ajudá-lo a viver mais.
Fazer amigos e mantê-los ao longo da vida, para alguns, parece uma difícil tarefa. Embora a maioria das pessoas tenha durante a existência apenas um número bem reduzido de amigos verdadeiros – aqueles que apoiam e estão presentes todo o tempo – cuidar deste pequeno grupo é essencial. A presença deles na rotina pode produzir interessantes fenômenos para o corpo. Quer conferir?
1. Amizade produz uma melhora geral na saúde
Cientistas australianos, em pesquisa desenvolvida durante um período de 10 anos, descobriram que pessoas idosas que mantém um círculo de amizades constante eram 22% mais positivas, o que aumentava na mesma proporção sua expectativa de vida. Por outro lado, fortes laços de amizade, segundo a já mencionada pesquisa de Harvard (realizada em 2014), mantém a saúde do cérebro mesmo quando envelhecemos. Isto, porque a amizade e uma vida que não é solitária ajudam a conservar a memória em bom estado.
2. Amizade fortalece o espírito contra enfermidades
Está provado que entre homens e mulheres que tem câncer, pessoas que contam com pelo menos 4 amigos, enfrentam a doença com melhores chances de remissão. A amizade, neste caso, atua como elemento protetor e restaurador, contribuindo para a sobrevivência. Além do mais, uma vida sem amigos é tão perigosa quanto o tabagismo, pois a solidão ou falta de atividade social pode provocar ataque cardíaco. Este foi um dado descoberto pela Universidade de Estocolmo, em um estudo feito com mais de mil suecos de “meia-idade”.
3. Amizade melhora as respostas imunológicas
A mesma pesquisa realizada pela Universidade de Estocolmo descobriu, também, que pessoas que não cultivam amizades estão duas vezes mais propensas a contrair gripes e resfriados. Ainda que não entrem em contato com germes ou pessoas infectadas, a ausência de vida social ou interação com outros humanos produz uma intensa debilitação do sistema imunológico. O bem-estar social é determinante para a recuperação do corpo. Até mesmo em casos de cirurgias ou ferimentos graves, a presença de amigos na vida pode ser essencial para a cura completa.
Enfim, proximidade importa. Todos os que nos cercam no dia-a-dia tem intensa relevância em nossa saúde física, por mais estranho que isto pareça. E se estas pessoas passam por dificuldades, problemas de saúde, ou estão emocionalmente abaladas, nós também sofremos – em parte – estes efeitos. As redes de contato construídas durante a vida causam grande impacto na saúde, qualidade de vida e até mesmo na expectativa de anos que se deseja viver. Por isto, é essencial cuidar e cultivar com cuidado e carinho este círculo especial.
A pesquisa sobre amizade feita por Harvard também traz uma prescrição interessante. Para manter boa saúde é preciso interagir com outras pessoas por pelo menos seis horas ao dia. Este contato diminui estresses, aumenta o senso de pertencimento e propósito, nos ajuda a saber que nossa existência é importante. Ainda que em tempos pandêmicos seja difícil se reunir com aqueles amigos que você ama, preencha esta cota de interação com e-mails, conversas no whatsapp ou telefone, quem sabe com um pequeno almoço naquela lanchonete pouco movimentada. Mas nunca se esqueça: cultivar amizades é importante!
Neste mês de férias, aproveite para turbinar aquelas amizades que já duram anos e, quem sabe, construir novas e interessantes relações. Lembre-se, amigos te fazem bem, mas como amigo você também fará muito por aqueles que te cercam! Que tal encarar as relações de novas perspectivas?
