4 dicas para ensinar crianças e adolescentes sobre dinheiro
A educação financeira agora é conteúdo escolar obrigatório
Se você já passou noites sem dormir pensando nos boletos a pagar ou já se viu escravo dos juros do cartão de crédito ou do cheque especial, pode dizer com propriedade a respeito da falta que faz o aprendizado sobre como lidar com o dinheiro. Não ter recursos pode ser um problema tão delicado quanto não saber administrar.
Mais da metade da população brasileira está endividada: 66,3% para sermos exatos. O dado é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, de dezembro de 2020, divulgada pela Agência Brasil. O alto índice de devedores do nosso país não está apenas relacionado ao momento delicado da história que vivemos hoje. A falta de educação financeira do brasileiro não é uma novidade. Se tiver dúvidas, é só fazer um exercício rápido. Pare para pensar: quantas vezes você se lembra de ter visto questões relacionadas a dinheiro na escola?
Nós, as crianças daquela época, somos hoje adultos que até ganham algum dinheiro, mas nem sempre sabem o melhor a fazer com ele, simplesmente porque não fomos ensinados sobre aspectos básicos. Como por exemplo, a diferença entre valor e preço, a importância de poupar e gastar com sabedoria e planejamento, bem como e quando investir. Para nós, o recurso financeiro é meio de sobrevivência e não ferramenta para realizar sonhos. O resultado dessa visão equivocada pode ser visto na dificuldade que a maioria enfrenta para planejar investimentos a longo prazo, por exemplo.
Preencher as lacunas deixadas depende de nós, de nossa busca pelo conhecimento. Ao que tudo indica, porém, nossas crianças terão um futuro diferente. Conforme as novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular, a Educação Financeira deve ser considerada um tema transversal obrigatório em sala de aula. Além disto, o texto ainda afirma que questões de consumo devem ser abordadas em quatro das cinco áreas de conhecimento que constituem o documento. Se essas mudanças forem colocadas em prática nas escolas, terão protagonismo no processo de orientação financeira dos alunos que também deve ser planejado para acontecer em casa.
Não seria exagero dizer que ao educar financeiramente os filhos, seja em casa ou na escola, será possível vislumbrar mudanças em um futuro mais próximo. Não importa se você é pai ou professor: nós preparamos 4 dicas que poderão ser utilizadas por você na hora de ensinar crianças e jovens sobre como a boa administração do dinheiro pode trazer tranquilidade e evitar estresse. Anota aí!
1. Selecione e apresente materiais que sirvam para iniciar uma conversa sobre o assunto
Sempre respeitando os interesses e a faixa etária com que você vai trabalhar. Para crianças muito pequenas, por exemplo, as histórias são ferramentas riquíssimas para ensinar, desde cedo, lições relacionadas ao dinheiro e a importância do trabalho.
2. Na escola, aborde o tema levando sempre em conta os interesses de seus alunos
Se a aula for com estudantes do Ensino Médio, um caminho interessante pode ser falar sobre planejamento para realização de sonhos no futuro.
3. Fale de Educação Financeira na disciplina que você leciona ou situações do dia a dia
Relacionar esse assunto com o ensino da matemática é o mais óbvio, é verdade. Porém essa não é a única articulação possível. Se você é professor, seja criativo para introduzir o tema com base na disciplina que ensina. Se for pai, lembre-se de relacionar o uso do dinheiro e o cuidado com ele com pequenos prazeres no lar. O benefício disso é ensinar que dinheiro não tem apenas a ver com números e cálculos. Dinheiro está relacionado com História, Filosofia, Português, Sociologia, e por aí vai. O limite é a sua criatividade.
4. Não se esqueça dos materiais complementares
Excelente recurso para motivar os jovens a se aprofundarem no estudo do tema. Na internet, há uma infinidade de possibilidades para todos os gostos: vídeos, podcasts, apostilas, etc. Pesquise e esteja atualizado.
Com essas dicas já ficou bem mais fácil de preparar o seu planejamento de aulas sobre educação financeira, não é? Aproveite!
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